Sem recomposição salarial assegurada para 2024, servidores públicos federais devem intensificar o processo de mobilização para garantir um orçamento justo para o próximo ano. De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o governo tem apenas R$1,5 bilhão para todas as demandas, incluindo aumento salarial, benefícios, reestruturação de carreiras. Na prática, com esse aporte apresentado pelo governo, uma proposta de recomposição não chegaria nem a 1%. Nos últimos anos, a categoria amarga perdas salariais superiores a 30%.
A realidade é que R$1,5 bi é reflexo de uma política de austeridade econômica severa e não condiz com os projetos defendidos pelo próprio governo de fortalecimento do Estado brasileiro. Seja como for, servidores devem estar prontos para defender o atendimento de suas reivindicações mais urgentes e só com mobilização e luta será possível avançar nesse cenário.
“Levando em consideração que apareceram R$300 bilhões para a turma do agronegócio e para nós gorjeta? Não é possível. Nós lutamos muito para mudar o cenário político brasileiro, mas as políticas públicas não irão avançar com essa proposta apresentada hoje”, destacou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva. “Devemos ficar atentos e vamos construir um calendário de mobilização. O momento é de mobilizar para disputar o orçamento”, defendeu.
Nos próximos dias a Confederação vai divulgar a data de sua plenária nacional. Na oportunidade, a maioria dos servidores do Executivo vai debater o cenário e apontar um calendário na luta por orçamento justo. No dia 16 desse mês o Fonasefe, fórum que reúne o conjunto de entidades representativas dos servidores federais, aponta a realização de uma plenária para consolidar a unidade e mobilização em busca de avanços e orçamento capaz de atender as urgentes e reais necessidades do serviço público brasileiro.
Valorizar os servidores é fortalecer o Brasil.
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